Novo programa vai impulsionar setor industrial pelos próximos dez anos
Trezentos bilhões de reais vão financiar as novas medidas de estímulo à indústria até 2026. A ideia do programa Nova Indústria Brasil é impulsionar o setor industrial pelos próximos dez anos. A iniciativa prevê linhas de crédito, subsídios e uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local.
A nova política para o setor foi lançada no dia 22 de janeiro, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele falou na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, acompanhado do presidente Lula.
O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi, declarou que o setor precisa de mais que isso, mas a política é um bom começo.
Outras entidades ligadas à indústria também se manifestaram otimistas em relação à nova política. A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) declarou ao Portal Uol que as diretrizes apresentadas contribuirão para a retomada industrial em bases sustentáveis.
Entenda o Programa
O novo programa é baseado em seis tópicos, ou “missões” como são chamados, com metas a serem atingidas nos eixos agroindústria; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; indústria da saúde; bioeconomia; defesa nacional e a transformação digital da indústria.Veja:
– alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar;
– fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para agricultura familiar.
– aumentar em 25 pontos percentuais adensamento produtivo (diminuição da dependência de produtos importados) na cadeia de transporte público sustentável.
– triplicar participação da produção nacional no segmento de novas tecnologias.
– elevar em 50% participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
– aumentar uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.
Recursos para financiamentos:
R$ 300 bi até 2026
– Crédito: R$ 271 bi
– Não reembolsáveis: R$ 21 bi
– Equity (investimentos na bolsa de valores): R$ 8 bi
Fonte dos recursos: BNDES, Finep e Embrapii
Desse total, R$ 77,5 bi (28%) aprovados em 2023
Eixos:
Indústria Mais Produtiva (R$ 182 bi)
– Expansão da capacidade e modernização do parque industrial brasileiro;
– Novo Brasil + Produtivo: financiamentos com Taxa TR (juros reduzidos) para digitalização e financiamentos não reembolsáveis para até 90 mil micro e pequenas empresas;
– R$ 4 bi do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) com Taxa TR para expansão da banda larga e conectividade.
Indústria Mais Inovadora e Digital (R$ 66 bi)
– Financiamentos do Programa Mais Inovação: Taxa TR para apoio à inovação e digitalização pelo BNDES e pela Finep;
– Financiamentos não reembolsáveis definidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI);
– Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT);
– Ampliação do uso de instrumentos de Mercado de Capitais (recursos levantados no mercado financeiro) para as seis missões industriais.
Indústria Mais Exportadora (R$ 40 bi)
– Criação do BNDES Exim Bank: versão do BNDES voltada para apoio à exportação;
– Linhas de financiamento do BNDES para pré e pós-embarque de bens e aeronaves;
– Redução do spread (diferença entre os juros cobrados do tomador e as taxas de captação dos bancos) nas linhas de preembarque.
Indústria Mais Verde (R$ 12 bi)
– Novo Fundo Clima: projetos de descarbonização da indústria com juros a partir de 6,15% a.a;
– Instrumentos de Mercado de Capitais voltados para transição energética, descarbonização e bioeconomia;
– Fundo de Minerais Críticos: fundo para alavancar recursos para a pesquisa e a extração de minerais usados em baterias de energia limpa.
Fonte: Agência Brasil
A nova política para o setor foi lançada no dia 22 de janeiro, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele falou na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, acompanhado do presidente Lula.
O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi, declarou que o setor precisa de mais que isso, mas a política é um bom começo.
Outras entidades ligadas à indústria também se manifestaram otimistas em relação à nova política. A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) declarou ao Portal Uol que as diretrizes apresentadas contribuirão para a retomada industrial em bases sustentáveis.
Entenda o Programa
O novo programa é baseado em seis tópicos, ou “missões” como são chamados, com metas a serem atingidas nos eixos agroindústria; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; indústria da saúde; bioeconomia; defesa nacional e a transformação digital da indústria.Veja:
- Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais
– alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar;
– fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para agricultura familiar.
- Forte complexo econômico e industrial da saúde:
- Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis
– aumentar em 25 pontos percentuais adensamento produtivo (diminuição da dependência de produtos importados) na cadeia de transporte público sustentável.
- Transformação digital da indústria:
– triplicar participação da produção nacional no segmento de novas tecnologias.
- Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas:
– elevar em 50% participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
– aumentar uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.
- Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais:
Recursos para financiamentos:
R$ 300 bi até 2026
– Crédito: R$ 271 bi
– Não reembolsáveis: R$ 21 bi
– Equity (investimentos na bolsa de valores): R$ 8 bi
Fonte dos recursos: BNDES, Finep e Embrapii
Desse total, R$ 77,5 bi (28%) aprovados em 2023
Eixos:
Indústria Mais Produtiva (R$ 182 bi)
– Expansão da capacidade e modernização do parque industrial brasileiro;
– Novo Brasil + Produtivo: financiamentos com Taxa TR (juros reduzidos) para digitalização e financiamentos não reembolsáveis para até 90 mil micro e pequenas empresas;
– R$ 4 bi do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) com Taxa TR para expansão da banda larga e conectividade.
Indústria Mais Inovadora e Digital (R$ 66 bi)
– Financiamentos do Programa Mais Inovação: Taxa TR para apoio à inovação e digitalização pelo BNDES e pela Finep;
– Financiamentos não reembolsáveis definidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI);
– Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT);
– Ampliação do uso de instrumentos de Mercado de Capitais (recursos levantados no mercado financeiro) para as seis missões industriais.
Indústria Mais Exportadora (R$ 40 bi)
– Criação do BNDES Exim Bank: versão do BNDES voltada para apoio à exportação;
– Linhas de financiamento do BNDES para pré e pós-embarque de bens e aeronaves;
– Redução do spread (diferença entre os juros cobrados do tomador e as taxas de captação dos bancos) nas linhas de preembarque.
Indústria Mais Verde (R$ 12 bi)
– Novo Fundo Clima: projetos de descarbonização da indústria com juros a partir de 6,15% a.a;
– Instrumentos de Mercado de Capitais voltados para transição energética, descarbonização e bioeconomia;
– Fundo de Minerais Críticos: fundo para alavancar recursos para a pesquisa e a extração de minerais usados em baterias de energia limpa.
Fonte: Agência Brasil