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SENAI CETIQT realiza Summit IMD e o Encontro Nacional de Tecelagem

SENAI CETIQT realiza Summit IMD e o Encontro Nacional de Tecelagem
Momento contou com o lançamento das Macrotendências e da cartela de cores
Primavera-Verão 24/25

No dia 24 de outubro, o SENAI CETIQT, em parceria com o SEBRAE, promoveu o evento de lançamento de macrotendências primavera-verão 24/25. O encontro teve como tema "Capacidades: O que nos torna únicos e notáveis" e teve a finalidade de oferecer muita informação sobre moda, comportamento, sustentabilidade e inteligência de produtos, além brindar os participantes com conteúdo específico sobre processos e materiais têxteis e a distribuição gratuita de uma cartela de cores em tecido com os destaques para a estação, promovendo a ocasião ideal para os participantes fazerem negócios, networking e participarem de uma verdadeira imersão em tendências.

O novo formato da Edição Primavera/Verão 24-25 do Inova Moda Digital contou com duas ações correlacionadas e complementares em sua programação – o Summit IMD e o ENAT (Encontro Nacional de Tecelagem) - que reuniram, em um ambiente inspirador, players do segmento da moda, exposição de matérias-primas nacionais e talks com especialistas.

Sergio Motta, Diretor Executivo do SENAI CETIQT, afirmou que a Instituição (CETIQT) é o braço direito das empresas na identificação dessas tendências de comportamento, consumo e moda. "Estou bastante emocionado com essa iniciativa de resgatar um evento de extrema importância, como o ENAT, junto ao Inova Moda Digital. Com essa configuração, nós conseguimos lançar todas as tendências com relação à moda. Do consumo e comportamento, a parte de materiais e cartela de cores. Tudo isso feito em conjunto com técnicos do SENAI CETIQT, empresas, alunos, professores, ou seja, todos que participam dessa iniciativa do setor têxtil", disse.

Fernando Pimentel, Presidente da ABIT, também reforçou a importância da configuração dessa edição, que resgatou o ENAT, pois esse foi um encontro que deu muito certo no passado e que reuniu importantes players do setor, como tecelagens, confecções e fornecedores de matérias primas. "Temos muito orgulho de poder participar e apoiar essa ação, porque com conhecimento e informação adequada nós teremos elementos para concorrer da forma mais competente possível, dentro do nosso mercado e dos mercados mundiais, além de competir adequadamente com aqueles portadores de produtos que vem de fora para nos atender. Esse evento veio para trazer conhecimento para que sejamos melhores e mais competitivos", diz.

Antonio Berenguer, Conselheiro Titular do SENAI CETIQT, comentou que a indústria da moda é muito dinâmica, então, a forma com que as 'tribos' vão se formando vai redesenhando os estilos e a análise precisa ser feita em um contexto cada vez mais amplo e desmistificado. Segundo ele, esses projetos são importantes para prever as coleções do próximo verão, formatar a ideia na cabeça de todos e, ao mesmo tempo, tornar possível a adaptação dos produtos, da capacidade de fabricar e dos materiais a serem escolhidos. "Tudo faz parte de um conjunto que, para ser trabalhado e apresentado à sociedade, precisa de um estudo e o SENAI CETIQT proporciona isso. Se as pessoas souberem aproveitar, elas ganham muita competitividade e investimento em pouco tempo de trabalho", afirmou.

O Talk Macrotendência IMD contou com a apresentação das tendências Primavera/Verão 24/25. Apresentado pela equipe do Inova Moda Digital, o painel abordou diversos assuntos, sendo um deles o consumo consciente, em que foi evidenciado que os jovens, apesar de terem consciência e cobrarem as marcas para que elas sejam mais sustentáveis, admitem que consomem produtos fast fashion. Pensando nisso, foi levantado o questionamento de como aproximá-los de produtos menos agressivos, mais positivos e acessíveis, se o caminho seria tornar o fast fashion mais sustentável, ou tornar a moda sustentável um pouco mais fast fashion. "Todos nós sabemos hoje o que é sustentabilidade, mas quantos de fato têm acesso a isso, quantas práticas não estamos perdendo por não saber para onde ir? O mercado consumidor está sedento por produtos que tragam essa característica", questionou Rafael Lemos, consultor em Design do SENAI Paraíba.

No Talk sobre Design e Artesanato, Fábio Boca deu uma palestra sobre Design, Arte e Artesanato na Renda Renascença da Paraíba. Fábio é formado em Design, trabalha há 20 anos com artesanato e destacou a importância de se ter políticas públicas para o segmento. Segundo ele, as políticas públicas fortalecem o artesanato. Boca ainda ressaltou que o convite que recebeu para participar do evento como representante do segmento de artesanato faz parte da batalha de trazer a valorização e o reconhecimento das pessoas para a arte popular e para o país, não só para a Paraíba.

Além disso, foram apresentadas as cartelas de cores Primavera/Verão 24/25, aposta de materiais IMD/ENAT e uma palestra da Suiana Sasse Hasselmann, CEO da Urubatan Piatã, que falou sobre um compósito ecológico, que é um bioplástico feito com o resíduo da castanha do Brasil.

Tatiana Laschuk, da linha dos biocorantes da Fratelli Ricci, apresentou o case de tingimento natural. Ela explicou que a Biodye é uma linha de corantes naturais para o segmento têxtil feito 100% à base de origem vegetal e de biodegradáveis, onde é aproveitado o resíduo desse processamento dos corantes, dos caules e das folhas que não são usados, para a formação de biocombustíveis e biofertilizantes. "Essa linha também é vegana. Temos uma série de vantagens relacionadas ao processo em si e não utilizamos sal no processo de tingimento, isso facilita muito a recuperação dos efluentes, além de termos a possibilidade de fazer o tingimento de fibras celulósicas à frio, tanto de origem natural quanto de origem artificial, reduzindo a quantidade de energia usada, custos e gases de efeito estufa", comentou.

No último painel do dia, Micheline Maia Teixeira, Co-fundadora da R-Inove Soluções Têxteis, apresentou o case de rastreabilidade, que consiste em uma codificação têxtil em um fio ainda cru, antes dele virar tecido. Quando feito, a tecnologia consegue trazer toda a história do produto e do processo, ao longo de toda a produção e pós-produção dele. Então o consumidor sabe qual o fio utilizado, a tecelagem que fez a malha, tinturaria, confecções e até o pós-venda. Como o produto é codificado e toda a informação dele fica em nuvem, dá para saber se ele é autêntico e a garantia de que tem mão de obra justa, pois em cada etapa produtiva existe a geolocalização de produção, uma inovação que oferece 100% de transparência de produto e de processo.

Micheline mostrou ainda o primeiro EPI produzido com código rastreável, em parceria com a empresa Santista. Ela explica que o grande desafio, nesse segmento de produtos de fogo repentino, é a falsificação, pois como é um tecido com alto valor agregado, acaba sendo alvo de falsificadores, colocando a vida e proteção do usuário em risco. "Hoje trazemos essa novidade, é um desenvolvimento que estamos fazendo junto com a Santista e agora temos um EPI com código de rastreio que pode ser autenticado por qualquer pessoa com um celular. É importante que o consumidor saiba como se defender, ele vai poder escolher consumir de marcas que realmente são transparentes e estão trabalhando em prol de um futuro melhor para a humanidade", finalizou.

Fonte: Assessoria
Foto: Divulgação

 
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