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Indústria da moda precisa ter olhar para o meio ambiente

Indústria da moda precisa ter olhar para o meio ambiente

A Indústria da moda é normalmente notada por seu glamour, entretanto, quase não se fala dos impactos que ela causa ao meio ambiente, os quais são muitos.
Segundo Roberta Negrini, figura influente nos setores da moda, inclusão social e negócios de impacto e fundadora do Movimento Eu Visto o Bem, a cada segundo, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de roupas é queimado ou despejado em aterros sanitários. “O desperdício costuma ser gigantesco no mundo da moda”, alerta.

Ela explica que as perdas nas etapas de fabricação de camisetas estão na ordem de 50% para as de algodão, 31% para a poliamida e 29% para poliéster. “Em todos os casos, a etapa com maior perda é a confecção. Quase 25% das peças são perdidas porque não ficaram totalmente de acordo com o esperado. E o problema é o que fazer com essas perdas, que afetam enormemente o meio ambiente”, afirma.

Roberta Negrini acredita que a indústria da moda deveria ter um olhar mais voltado ao meio ambiente, assim como as empresas que adquirem produtos têxteis. “A cadeia produtiva têxtil é uma das maiores consumidoras de água do mundo, utilizando anualmente 93 trilhões de litros. Por isso é importantíssimo pensar em sustentabilidade nesse setor, evitando o descarte desnecessário. É o que fazemos no Movimento Eu Visto o Bem quando optamos pelo upcycling, por exemplo”.

Lixo Zero
Ela explica que os projetos de upcycling consistem em reaproveitar peças que iriam para descarte, descosturar, e transformar em um novo produto. “A prática do upcycling reduz a quantidade de resíduos descartados e diminui a necessidade de exploração de recursos naturais para a produção de matéria prima virgem”, conta.

Outro ponto importante é pensar em reciclagem e lixo zero. “Todos os produtos do Movimento Eu Visto o Bem, como embalagens, ecobags, uniformes, acessórios e moda em geral, são produzidos com insumos da economia circular. Nossa matéria prima é reciclada e produzimos lixo zero, ou seja, não deixamos nenhum resíduo no meio ambiente”, diz.

A empresa também é a única do setor têxtil a estar presente no primeiro Anuário de Certificação Lixo Zero do país. Desenvolvido pela certificadora Zeros, o documento foi lançado neste mês de abril.

Segundo Roberta, quando uma empresa decide apoiar um programa como o Movimento Eu Visto o Bem, ela ajuda automaticamente o planeta. “No nosso caso, as matérias primas têm origem circular, de forma que é possível rastreá-las integralmente. Além disso, nossos produtos contam com a certificação Lixo Zero, um produto do Instituto Lixo Zero Brasil validado pela Zero Waste International Alliance. Trata-se de uma certificação inédita para o mercado têxtil e agrega um valor muito forte por conta da conservação de recursos naturais”, finaliza.

O Movimento Eu Visto o bem
Negócio B2B de impacto socioambiental. Propósito de para ressignificar a indústria têxtil e toda a cadeia de produtos que ela movimenta. Acredita que é possível um modelo de negócio que cresça economicamente na mesma proporção que impacta positivamente a sociedade e o planeta.

Convida a comunidade, o mercado corporativo e as marcas de moda que acreditam que as suas escolhas de métodos de produção podem ser um mecanismo eficiente para transformar a nossa economia em um modelo mais justo e melhor.

Tem como propósito gerar emprego, renda e acesso a condições dignas de trabalho para mulheres em condição de vulnerabilidade social. Para atingir os objetivos, querem transformar o investimento disponível no mercado corporativo e na indústria da moda em uma potente alavanca de transformação social, inclusão e geração de renda, com o mínimo impacto ambiental possível, por meio de políticas e processos LIXO ZERO.

Fonte: Assessoria
Fotos Divulgação/ Freepik
 
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