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França aprova lei que combate fast Fashion

França aprova lei que combate fast Fashion
O texto, uma proposta do partido Horizons, foi aprovado por unanimidade na quinta-feira, 14 de março, e prevê a introdução de medidas destinadas a travar o fluxo de vestuário de baixo custo e produzido em massa, predominantemente proveniente da China, incluindo a proibição de publicidade para a venda de vestuário a preços reduzidos e uma penalização ambiental para as tornar menos atrativas.

Christophe Béchu, Ministro da Transição Ecológica, escreveu na rede social X (ex-Twitter) estar “muito satisfeito com este enorme avanço”, considerando que “foi dado um grande passo para reduzir a pegada ambiental do sector têxtil”.

De acordo com os dados da Agência da Transição Ecológica (Ademe), citados pela Euronews, são vendidos anualmente 100 bilhões de peças de vestuário em todo o mundo. Na França, segundo a Refashion, no espaço de uma década, o número de artigos de vestuário vendidos anualmente aumentou e,1 bilhão, atingindo 3,3 bilhões de produtos, equivalente a mais de 48 peças per capita.

A proposta de lei prevê uma maior consciencialização do consumidor para o impacto ambiental da fast fashion, assim como para a reutilização e reparação de vestuário para combater a cultura do descarte.

Nesse sentido, será implementada uma taxa – ligada a uma classificação ambiental – de até 10 euros por artigo vendido ou 50% do valor da peça até 2030. Será ainda proibida a publicidade de marcas e de produtos de fast fashion, uma medida que, segundo o grupo Stop Fast Fashion, deverá afetar, além de retalhistas como a Shein e a Temu, a Zara, a Primark e a H&M.

Para Charlotte Soulary, gestora da Zero Waste France, a decisão da Assembleia Nacional é um “primeiro passo histórico” para limitar a fast fashion. “Com a sua estratégia agressiva de marketing, a fast fashion leva-nos a comprar mais roupa. Estamos comprando o dobro de peças em comparação com há 20 anos, que duram metade, pois são peças de má qualidade”, afirma.  
Em comunicado, a Zero Wasre France considera, contudo, que se pode ir mais além. “Apesar destes avanços significativos, lamentamos a ausência de algumas medidas, como a definição na lei de práticas que se enquadrariam na fast fashion ou a exigência de transparência nas quantidades comercializadas pelas marcas”, afirma também “que é primordial evitar que as marcas históricas de fast fashion, como a Zara, a H&M, a Action ou ainda a Primark, escapem”.

Fonte: Portal Portugal Têxtil


 
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