Manufatura Aditiva: especialista do SENAI CETIQT comenta sobre os benefícios para o meio ambiente
Produção local de peças, pode diminuir as emissões de gases de efeito estufa
A Manufatura Aditiva, ou Impressão 3D, que é um processo de fabricação, que envolve a construção de objetos a partir de um modelo digital tridimensional, utiliza diversas técnicas e, ao contrário dos métodos tradicionais de produção, como o corte a laser, permite a criação de peças complexas e personalizadas, eliminando a necessidade de moldes, ou ferramentas específicas, tornando o processo criativo mais dinâmico e fácil.Sempre acompanhando as tendências do mercado, o Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção, do SENAI CETIQT, tem um laboratório equipado com essa tecnologia, desde modelos básicos até modelos industriais. Essas impressoras atendem ao desenvolvimento de protótipos mais simples de forma econômica, assim como à fabricação de peças finais em polímeros mais avançados. Considerando que um resíduo de tecido sintético demora, em média, de 100 a 300 anos para se decompor, a manufatura aditiva tem uma abordagem mais sustentável para a produção de moda, diminuindo o desperdício de materiais, pois apenas a quantidade necessária é utilizada em cada peça, evitando o excesso de produção. Ao utilizar polímeros nas impressões, também é possível triturar e reinserir na cadeia produtiva o material proveniente de falhas e suportes, contribuindo para a economia circular.
Além disso, a impressão 3D possui capacidade de personalização e criação de modelos únicos, adaptados às preferências individuais dos consumidores, e recria peças de maquinários que passam por manutenções constantes, reduzindo a logística de compra, a importação e os custos associados. “O impacto ambiental pode ser reduzido pela produção local de peças, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa associadas ao transporte. No entanto, é importante observar que a implementação bem-sucedida da impressão 3D, com foco na sustentabilidade, depende da escolha adequada de materiais, práticas de design responsável e considerações sobre o ciclo de vida do produto”, comenta Tallyson Vilela Costa, Analista de Processos do SENAI CETIQT.
Além de todos esses benefícios para a indústria da moda, a manufatura aditiva também oferece velocidade e eficiência na prototipagem. Hoje os designers podem testar as suas ideias de forma mais rápida e econômica, acelerando o ciclo de desenvolvimento de produtos e incentivando a inovação contínua. Isso permite que as marcas respondam, de maneira ágil, às demandas dos consumidores e às mudanças nas tendências da moda.
Segundo Tallyson Vilela Costa, Designer de Produto e Analista de Processos do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção, do SENAI CETIQT, a redução de resíduos, a possibilidade de criar geometrias mais complexas e otimizadas, a produção localizada, a reutilização de material e manutenção simplificada e de baixo custo, podem ser consideradas como vantagens significativas, no entanto, a velocidade de produção em escala, acabamento e precisão dimensional inferior aos processos mais tradicionais podem ser uma desvantagem e atrasar o processo de produção. “Tudo precisa ser analisado de acordo com cada projeto e complexidade de desenvolvimento, podendo sofrer alterações para otimizar a sua produção”, diz.
A tecnologia está gradualmente conquistando um espaço cada vez maior nas indústrias, principalmente com os materiais utilizados, adicionando constantemente características vantajosas aos produtos. Mas, embora esteja crescendo rapidamente e já seja a principal opção para algumas aplicações, como prototipagem rápida e produção de peças complexas, o seu papel, como a principal opção para a fabricação de peças em todas as indústrias, pode levar mais tempo para se consolidar completamente.
Sobre o impacto que pode causar no cotidiano, Tallyson afirma que “a simplicidade em criar e personalizar é um grande atrativo da manufatura aditiva. Além disso, a acessibilidade ao conhecimento gratuito, que é possível obter na internet, e os preços por conta da popularização tornam possível que pequenos empreendedores, ou até mesmo indústrias, fabriquem produtos com agilidade e promovam adaptações, diminuindo custos e tornando viável manutenções e apresentações de protótipos”, finaliza.
Fonte: Assessoria
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